Sem recursos do FGTS, Caixa suspende financiamento imobiliário da linha pró-cotista
08/05/2017 14:26A Caixa Econômica Federal informou na sexta-feira (5) que suspendeu novas contratações de crédito imobiliário com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a linha pró-cotista...
A Caixa Econômica Federal informou na sexta-feira (5) que suspendeu novas contratações de crédito imobiliário com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a linha pró-cotista. "Os recursos disponíveis da modalidade atualmente são suficientes apenas para atender as propostas de financiamento já recebidas pelo banco", afirmou o banco em nota.
A pró-cotista financia a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de até R$ 800 mil nos outros Estados. É a linha de empréstimo habitacional mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida. Um gerente de uma agência da Caixa na capital paulista, que pediu anonimato, disse à agência de notícias Reuters que novas contratações na pró-cotista estão suspensas há semanas. "E quem teve o pedido de financiamento já aprovado tem até o fim deste mês para assinar, caso contrário vai perder", disse.
No comunicado, a Caixa afirma que deve receber nas próximas semanas cerca de R$ 3 bilhões para complementar os recursos da linha pró-cotista. Banco nega relação com saque do FGTS O banco negou que a suspensão esteja relacionada à falta de recursos por causa do resgate de recursos de contas inativas do FGTS, autorizado pelo governo em dezembro. Nos últimos dois meses, segundo o presidente Michel Temer, foram resgatados 15 bilhões de reais, e a expectativa é que o volume sacado das contas inativas chegue perto de R$ 40 bilhões até julho.
O vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza, disse à Reuters que, enquanto isso, o banco tem orientado os tomadores a buscar outras linhas de crédito, como a do SBPE, com recursos da caderneta de poupança. A taxa de juro da pró-cotista da Caixa para não correntistas do banco é de 8,61%
ao ano. Já pelo SBPE a taxa é de 10,49% ao ano.
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